sexta-feira, 29 de abril de 2011

ENTREVISTA GIRLS ON DRUMS 2 : SHIRLEY GRANATO


- SHIRLEY, QUAIS SUAS INFLUÊNCIAS INICIAIS PARA DECIDIR TOCAR BATERIA ?
Eu sempre fui apaixonada por música, desde criança adorava ligar as fitas cassete do meu pai e decorar letras de musicas. Antes de partir pra bateria, tentei tocar teclado e violão mas não era realmente o meu instrumento. Aos 17 anos ganhei minha primeira bateria e ao som tempestuoso da bateria de John Bonham, tentava aprender aquelas viradas lindas e ritmadas. Percebendo que não conseguiria tirar de ouvido com a velocidade almejada por mim, decidi começar com as aulas. Na época alguém me indicou o CMPB de Curitiba, pois o valor das mensalidades eram muito baixos e os professores de alto nível.

- VOCÊ PARTICIPOU DE UM GRUPO ONDE SE TOCAVAM MÚSICAS GREGAS, QUE TÊM UMA ESTRUTURA COMPLEXA. PODE NOS FALAR UM POUCO A RESPEITO ?

Eu participei de alguns grupos de musica folclórica latino-americanas e musicas orientais também. Um desses grupos era voltado a musica grega que é bastante complexa em termos de ritmo. Alguns ritmos gregos são executados em compassos como 7/8 e 9/8, temos também variações de compassos na mesma música o que lembra bastante o progressivo. Outras culturas também são ricas em diversidades, como a música celta que além de ser uma das mais antigas também trabalha com compassos compostos ternários, que se subdividem em tercinas e sextinas. É assim também com a música peruana e argentina.

- QUAIS SUAS ATIVIDADES ATUAIS EM BANDAS ?
Atualmente estou tocando com a banda de funk/soul/mpb Filósoulfia Funk, que inclui no repertório músicas dançantes dos anos 70,80,90, com grandes nomes da Black music nacional e internacional. Tenho também um projeto na "caixinha" que é sobre musica do mundo, no qual pretendemos abordar os ritmos de diversas culturas.

- QUAL EQUIPAMENTO VOCÊ USA HOJE ?

Minha bateria é uma RMV Concept e os pratos são da Krest by Harpy.


- COMO VOCÊ ACHA QUE PODERÁ SER A EXPERIÊNCIA DE TOCAR EM GIRLS ON DRUMS ?
A oportunidade de poder tocar no G2 é uma das experiências mais lindas que está acontecendo porque além de poder mostrar ao público um pouco do meu trabalho, de presente ainda vou poder conhecer duas das melhores bateristas do Brasil, a Simone Sou que segue uma linha de trabalho que eu admiro muito e claro a Vera Figueiredo que foi a primeira mulher que eu tive contato com seus trabalhos e dvds quando comecei a tocar. Ainda tenho as primeiras video-aulas dela. Isso com certeza é a melhor parte, poder vê-las de perto e tocar ao lado delas. Paz e Luz !